domingo, 21 de novembro de 2010

A bola rola


A bola rola
Não para
Não demora
O jogador olha
Pasmo o seu encontro com a pelota
Domina com o peito rente ao manto
A bola é dele, sem espanto
Tranquilo e sereno
Porem atento
Sabe que tem que marcar um tento
E que tentaram separá-lo do seu amor, a bola
O gênio trata a bola, com amor
Não a deixa fugir ao seu controle
Aguenta das botinadas lhe dadas, à dor
Não quer se separar da bola
Dribla, quase esnoba
É fácil pelos adversários passar
Quando a bola ao gênio passa a ajudar
De finta em finta
A bola é levada
Ao seu destino final
Dali não passa, dali não volta
Gênio , impassível a horas atrás, agora, por dentro, chora
Quer deixar onde ela mora, ou deve morrer
Com dor no peito, bate a bola com calma com jeito
Maestria sem limites, de gênio que é limitado pela falta da bola
A dor é imperceptível aos nossos olhos
Mas sensível a percepção de um apaixonado
Deixa a bola sem força, no ângulo, com efeito,
Agora ela jaz morta, no meio das redes do desejo
O gênio, o jogador, grita de dor, depois de amor
Pela obra completada, que lindo desfecho.

Nenhum comentário:

Powered By Blogger